Alimentação:
Muitas aldeias desta região viviam muito isoladas do exterior, rodeadas de pinhais e longe das vilas e cidades.
Só se saía de lá à pé, de burro ou num carro de bois, por isso só lá chegavam alguns produtos de mercearia: arroz, açúcar, massa, etc. Estas aldeias eram quase obrigadas a ser auto-suficientes em produtos alimentares.
Agricultura:
Nas terras mais férteis, nas margens do rio Zêzere e das ribeiras que para ele confluíam, cultivavam o milho, com o qual faziam o pão (broa) e o centeio, mas em pequenas quantidades. Era muito raro alguém cultivar trigo. O pão de trigo só se comia nas festas ou quando alguém o trazia da vila.
No meio do milho, plantava-se o feijão, a abóbora e por vezes a melancia e o melão. Nas barrocas, onde houvesse alguma fonte, localizavam-se as hortas, onde se cultivavam todas as espécies de vegetais e alguns frutos.
Tempos Livres:
A vida nas aldeias era de muito trabalho, mas as crianças e os jovens sempre arranjavam tempo para se divertir. As crianças faziam os seus próprios brinquedos. Os rapazes faziam fisgas, pistolas de pau de sabugueiro, piões e bolas de trapo. As raparigas divertiam-se com bonecas de trapos, cantigas, danças de roda e jogos de chão: macaca e outros.
Os rapazes procuravam namorar as raparigas quando estas iam à fonte, de cântaro à cabeça, ou quando iam à horta buscar hortaliças para as refeições.
Na altura das festas havia as danças ou contra-danças com coreografias.
A Educação:
A maioria das crianças ficavam pela 4ª classe, estudar fora das aldeias ficava muito caro, pelo que a maioria das famílias mandava os seus filhos para os seminários, considerados os colégios dos pobres. A maioria deles não chegavam a padre, alguns continuavam estudos nas universidades.
A Moda:
Algumas senhoras e raparigas mandavam vir das cidades as revistas da moda, como por exemplo: “Moda e Bordados”, “Fada do Lar”, e outras.
As costureiras tentavam copiar os vestidos das artistas de teatro, cançonetistas e outras vedetas.
Os homens, no trabalho, usavam fatos de cotim, para os domingos e para as festas tinham um fato de fazenda.
Irmãos e irmã do meu pai
Casamento dos avós do meu pai
Luís Rodrigues Dias Gama